21 de novembro de 2013

Reviravolta para o futuro

O futurismo é algo relativamente novo, do século XX. Surgiu em 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, publicado no Le Figaro. Rejeitava o moralismo e o passado. Baseava-se na velocidade e nos desenvolvimentos tecnológicos.

Muito mudou daquela época até os tempos atuais. A ciência foi integrada à tecnologia. As novas tecnologias possibilitaram ganhos expressivos nos processos de produção e na fabricação de produtos e oferta de novos serviços. Surgiram os Centros de Pesquisas, conectando universidades, empresas e governos. Pólos tecnológicos nasceram em regiões distintas, como Vale do Silício (EUA), Tsukuba (Japão), Vale do Ruhr (Alemanha) e Toulouse (França). As novas tecnologias exigiram maior qualificação profissional.

Estes novos profissionais, mais capacitados, avaliam com mais imaginação e precisão o que virá pela frente. São realizadas análises prospectivas, construção de cenários. Assim, são formados cada vez mais novos futurólogos.


A World Future Society (WFS), organização educacional e científica, sem fins lucrativos, investiga como os desenvolvimentos econômicos e tecnológicos moldam o futuro. Entre suas previsões estão a popularização da energia geotérmica, as “bioimpressoras”, o turismo espacial, a segregação genética, a evolução da inteligência artificial acima da inteligência humana, a construção de bases e colônias lunares, e a geração e captação de energia solar na Lua capaz de atender 10 bilhões de pessoas. Tudo isso pode parecer muito distante, mas algumas destas previsões já existem; outras estarão disponíveis em 15 ou 30 anos.

Em Hollywood também se faz muita “profecia”. A trilogia De Volta para o Futuro acertou muitas, como a morte dos CD’s, os computadores com comando de voz, os óculos tecnológicos (similares ao atual Google Glass), as câmeras digitais, os monitores de tela plana, as vídeo-chamadas, os controles por movimento (como o Kinect), o fim do Macintosh, os Drones, entre outras. Outros filmes como 2001: Uma Odisseia no Espaço, Star Trek, Os Jetsons, Minority Report também anteviram o futuro.

A criatividade do ser humano multiplica o ritmo com que as mudanças podem acontecer. A CiscoIBSG (Internet Business Solutions Group) calcula que em 2015 qualquer superfície poderá ser utilizada como tela, em 2020 será vendido o primeiro computador pessoal quântico e em 2030 um disco rígido armazenará 11 petabytes.

Por último, a invenção que vai mudar o mundo (na avaliação deste Blog) em menos de uma década após a sua popularização: Project Loon. Conhecido popularmente como “Balão do Google”, o projeto que tem a missão de fornecer acesso à Internet para áreas rurais e remotas em todo o mundo, utilizando balões gigantes de hélio equipados para transmitir sinais Wi-Fi a partir da estratosfera. As pessoas irão se conectar à rede usando uma antena instalada em edifícios que captam o sinal e distribuem – tudo gratuitamente.

Assim, fazendo um exercício de futurologia, imagine o impacto disto na liberdade de expressão, no compartilhamento do conhecimento e na capacidade de interação global.

Imaginou um mundo novo?

Até a próxima!

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Este post foi retirado do artigo original de mesmo nome, de autoria de Luiz Paulo Bellini Junior, publicado na revista Leia ABC.

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